È... Mas decide gazer algumas mudanças... Tavyn agora è tavin, o novo Mundo agora e o mestre das sombras, vou mudar a maneira de narrar(vou botar explicações indiretas no começo) e outras coisinhas... Se tiverem algumas dica , ache que seria util: minha dificuldade e o começo. O resto ja ta montado na minha cabeça.
ficou assim:
- Spoiler:
Liastter 1
O Mestre Das Sombras
Lembranças de um passado
Duncan Carsolny, um garoto de sete anos, magro, cabelos pretos e olhos marrons, olhava o pôr-do-sol pela janela de seu quarto. Uma lágrima escorria pela sua bochecha. As coisas, para ele, haviam mudado desde que seu pai havia morrido, há um dia. Primeiro, nem chegou a conhecer sua mãe nem se lembra muito de seu irmão (ambos desconhecidos pelo garoto porque seu pai não falava muito deles) e, agora, seu pai morrera.
Por que isso? Porque comigo? Pensou desanimado enquanto outras lágrimas desciam pelo seu rosto magro. Seu pai era a única pessoa que o entendia. Era um homem bonito, alto, magro, cabelos marrons e olhos do mesmo tom que os do garoto. Faróis acenderam-se na recente escuridão.
- Duncan? Eles chegaram. - Disse, por trás da porta a mãe de sua amiga, que concordara em passar a noite na casa. Duncan teria que ir morar com seus únicos parentes vivos conhecidos: seu avô Fernnon e seu primo Ralph.
- E se eu não me acostumar? Se eu não gostar deles? Nunca os vi antes!
- Você vai gostar deles. E vai ter alguém da sua idade para brincar e que já passou pelas mesmas coisas que você. - Ao ela ter dito isso, outras lágrimas desceram pelo rosto de Duncan.
Depois de descer as escadas e levar as malas para o carro dourado com a ajuda da mãe de sua amiga, Duncan se despediu dela e entrou no banco de trás do carro. Ao seu lado sentava-se um menino de cabelos marrons escuros e olhos azuis. Na frente, sentava-se seu avô, que era um velho um pouco careca, mas onde tinha cabelo, eles eram brancos como a neve. Era alto, não era nem magro nem gordo e tinha olhos marrons como os de Duncan.
- Está pronto? - Perguntou o velho.
- Espero que sim. - Disse Duncan inseguro.
- Não tenha medo. - Disse o garoto de olhos azuis. – Eu sou Ralph.
- Sou Fernnon, seu avô. - Disse o velho.
- É difícil não ter medo... - Disse Duncan tristemente.
- Eu entendo o que sente. - Falou Ralph calmamente. Duncan forçou um sorriso e Ralph retribuiu-o.
Duncan sabia que estava para enfrentar um novo mundo com novos desafios e alguma coisa lhe dizia que seria muito mais do que uma simples nova vida.
Olhos amarelos
Sete anos se passaram. Duncan estava sentado em sua cama olhando uma foto
sua e de seu pai. Havia se acostumado facilmente com sua nova vida. Morava agora na mansão-fazenda de seu avô. Havia se aproximado de Ralph e ele era como um irmão para Duncan. Seu avô, por mais que estivesse sempre fechado na biblioteca, tinha sido como um pai para o garoto. Tinham também um cachorro da raça Collie, Viretod, que adotaram desde filhote há um ano.
Também passou a conhecer a mansão melhor que ninguém. Descobrira, na floresta, uma clareira em que passava o tempo para pensar, relaxar e às vezes, descontar sua raiva chutando e socando uma velha árvore. Perto dela, havia um pequeno riacho que desaguava em um pequeno lago, também na mansão-fazenda. Havia construído uma casa de madeira - que estava cheia de plantas pois havia brotado - em outra árvore mais alta do que a outra, onde guardava muitas coisas, entre elas, uma espada de madeira construída por ele mesmo, uma jaqueta velha, a restos de um computador que Viretod havia estragado quando chegara na mansão.
Decidiu ir para lá. Guardou a foto na caixa e a enfiou debaixo da cama. Ao chegar na floresta, seguiu por meia hora, mais ou menos, para chegar na clareira. Subiu pela escada e levou um susto ao chegar lá em cima que quase o fez cair da escada. Ralph olhava atentamente e um pouco incrédulo a obra de Duncan.
- Ralph? Que faz aqui? - Perguntou Duncan surpreendendo Ralph, que limpava seus óculos na roupa, fazendo-o deixá-los cair.
- Ah! Duncan! Foi... Foi você que fez isso??? Uau! Ah, vovô pediu para irmos ao supermercado para ele. Já te vi entrando algumas vezes na floresta e segui a trilha provavelmente feita por você e encontrei o local... Decidi ver. - Disse Ralph se enrolando nas palavras.
- Ok, já vou. - Respondeu Duncan.
Passos quebraram as folhas secas do outono no chão da clareira. Alguém se aproximava. Duncan espiou pela janela informe e viu que era o velho Leon, o mordomo. O velho sabe vir aqui? Pensou Duncan, pondo a palavra “velho” de uma maneira amistosa, pois Leon fora um grande amigo para o garoto.
- Leon? Você sabe vir aqui? - Perguntou Ralph.
- Vivo aqui a mais tempo que vocês e conheço mais a mansão do que vocês nunca poderiam imaginar. - Disse o velho divertindo-se com a surpresa dos garotos. Leon era velho, mas ou menos da idade de Fernnon, era alto, magro, cabelos cinza claros e olhos incrivelmente verdes. – Observei Duncan trabalhar na construção da casa na árvore.
- Observou? _ Perguntou Duncan incrédulo.
- Observei. -Disse o velho rindo. - Vi como você cortou a madeira sem ter que matar as árvores. Também vi o fracasso das primeiras escadas e das primeiras tábuas. Vi também o fracasso das primeiras espadas. Mas até que a última ficou bem realista...
- Não precisa dizer tanto dos meus fracassos, precisa? - Disse Duncan ao mesmo tempo brincando e irritado. Os três riram. Um latido ecoou na mata e Viretod pulou de trás de uma árvore.
- É festa aqui? Até Viretod foi convidado? - Disse Ralph sarcasticamente. Os três riram de novo (três porque Viretod não demonstrou entender).
- Mudando de assunto, Ralph, vovô já te deu dinheiro?
- Ah! É mesmo! Me esqueci do supermercado! Sim, já peguei o dinheiro. - Disse Ralph recolocando os óculos que haviam caído.
Duncan, Ralph e as encomendas de Fernnon recém compradas aguardavam o metrô chegar na estação. Uma luz se ascendeu no fundo do túnel. O metrô estava chegando. O vento bagunçou os cabelos lisos de Duncan, tentando inutilmente derrubá-lo. O metrô passou a toda velocidade pelos garotos e parou com uma das portas bem em frente a eles. As portas se abriram e eles entraram.
O metrô estava quase tão vazio quanto a estação. Só haviam algumas pessoas, entre elas, um velho adormecido, uma mulher de meia idade com jeito de apressada e um rapaz de uns dezoito anos, que pelo jeito, estava voltando para casa depois de comprar alguma coisa que estava em uma sacola.
Duncan se sentou perto de uma janela enquanto Ralph sentava-se em frente a ele. O garoto encostou a cabeça na janela do metro e foi perdendo a noção de onde estava e o que ocorria ao seu redor.
Estava perdido no escuro. Olhos amarelos brilhantes como faróis acenderam na escuridão. Eram grandes e possuíam pupilas em forma de fendas. Uma figura se materializava atrás deles. Algum animal, um quadrúpede, parecia-se um lobo... - Duncan? Acorde Duncan! Chegamos! - Duncan acordou quando sentiu um peteleco na orelha esquerda. Abriu os olhos e deu de cara com Ralph.
- Não sabe me acordar sem dar um peteleco na minha orelha?! - Perguntou Duncan irritado.
Mas outra coisa é que deixava o garoto irritado. Os olhos amarelos.
O que será aquilo? De quem são os olhos amarelos?A sombra
Os dois pegaram um taxi, Duncan ainda irritado com Ralph, evitou falar com ele. Ao chegarem, caminharam por uma meia hora até chegarem ao portão de ferro. Enquanto andavam pelos jardins uma corrente de vento carregada de folhas de outono bagunçou seus cabelos e sua jaqueta esvoaçou como uma capa. Duncan se dirigiu para sua casa na árvore e subiu para pegar sua espada. Uma vontade infantil e inexplicável de explorar a floresta se encheu dentro dele. Era uma floresta grande; por mais que a casa na árvore fosse bem profunda para dentro da floresta, Duncan sabia que ainda havia muita floresta para mais além.
Pegou um cinto de couro e amarrou a espada nas costas. Pegou um saco que encheu de bolachas que deixava na casa e levou uma pequena lanterna velha que pertencera a seu pai e partiu para sua jornada.
Andou por mais ou menos uma hora sem encontrar nada interessante até que encontrou uma cachoeira linda, hipnotizante. Devia ter uns três metros de altura. Embora não fosse muito alta, era maravilhosa. Podia ter trago minha vara de pescar. Preciso fazer um mapa que vai da casa na árvore até aqui. Ficou por ali por mais ou menos meia hora até decidir ir para a casa na árvore pegar papel, lápis e um facão, pois estava decidido a montar uma cabaninha por lá.
Depois de andar por mais uma hora e pegar o que necessitava, Duncan decidiu que estava um pouco tarde para voltar lá hoje e decidiu separar tudo para voltar no dia seguinte. Pegou um de seus facões e um martelo e amarrou-os no cinto junto com a espada de madeira. Sabia que sua ideia de ir explorar a floresta era completamente infantil e sem sentido, mas era mais forte do que sua relutância em fazê-la.
Sonhou com os olhos amarelos novamente. Dessa vez, chegou mais perto de ver a quem pertenciam, mas como tinha posto o despertador para acordá-lo às cinco horas da manhã, não terminou o sonho. Ficou com raiva consigo mesmo pois estava curioso para saber a quem pertenciam.
Desceu para a cozinha e se surpreendeu ao ver Fernnon já acordado.
- Ah, bom dia Duncan. O que o fez acordar tão cedo? -Disse o velho.
- Descobri uma cachoeira na floresta. - Respondeu Duncan, não vendo necessidade de esconder a verdade. – E vou desenhar um mapa da minha casa da árvore até lá.
- Você tem uma casa na árvore? - Perguntou Fernnon se mostrando um pouco impressionado.
- Sim. Construí-a dois anos depois que cheguei.
- E descobriu uma cachoeira? Acho que me lembro de uma cachoeira de uns dois metros e meio mais para o fundo da floresta.
- É, deve ser ela. - Disse Duncan tomando um gole do leite.
Duncan se encontrava caminhando pela trilha, com o cinto da espada e das facas preso nas costas, o papel e o lápis nas mãos, a lanterninha no bolso e o saco de bolachas presos na cintura. Avistou a cachoeira e se sentou em uma pedra, onde olhou em volta a procura de um lugar bom para construir uma cabaninha. Encontrou um perto de outra rocha. Foi lá para avaliá-lo. Era um lugar plano e com o chão coberto de folhas secas. O lugar media mais ou menos três metros quadrados e era adequado para os planos. Guardou o que sobrou do papel para desenhar a planta mais tarde. Gastou umas três horas para retirar todas as folhas secas e retirar o excesso de terra do local.
Depois de descansar um pouco sentado em uma das pedras perto da área escolhida, o garoto pegou um dos facões e cortou um galho grosso – de mais ou menos dois metros de comprimento, porém finos - de um pinheiro e o fincou em uma das extremidades de onde seria a cabana. Fez isso mais três vezes até que, se ligasse uma a outra, formaria um quadrado. Decidiu descansar um pouco antes de continuar. Sentou-se em uma pedra encostada em outra maior. Duncan recostou a cabeça na outra pedra e adormeceu.
- É, vejo que ainda não fez muita coisa por aqui, primo. - Duncan abriu os olhos. Deu de cara com Ralph. – Dormindo em serviço? - Disse o primo balançando a cabeça com um ar de brincadeira.
- O que quer? - perguntou Duncan irritado.
- Não precisa ser rude. – Disse Ralph se irritando. – Quer ajuda?
- Seria bom. – Respondeu Duncan sorrindo.
Os dois trabalharam por mais duas horas mais ou menos. Enquanto Duncan cortava mais galhos, Ralph ajeitava, cortava, retirava as folhas partes da casca dos galhos já fincados no chão. Quando Duncan se virou, viu que o primo havia transformado os galhos em toras de madeira, fazendo com que ficassem iguais aos da casa na árvore.
- Ficou bom. – Disse Duncan enquanto carregava os outros seis galhos que havia cortado.
- Está ficando escuro. Amanhã agente volta e adianta o serviço. Quanto tempo acha que vai levar para ficar pronto? – Perguntou Ralph distraidamente.
- Um mês, mais ou menos.
- É, mas por hoje está bom. Já são seis horas e acho que teremos que fazer fogo e colocar em uma tocha ou esperar vovô vir nos resgatar com alguma lanterna. Não dá nem para chegar na metade do caminho até sua cabana antes de escurecer totalmente. – Falou Ralph reparando preocupadamente na escuridão que os cercava.
- Trouxe uma lanterna. – Duncan retirou o objeto do bolso e acendeu-o. Ofereceu uma bolacha para Ralph e saíram pela mata.
Estavam na metade do caminho quando a lanterna se apagou de repente. Um vento soprou e os dois estavam perdidos na escuridão, apenas com a luz da lua para guiá-los. O vento soprou de novo. Uma lâmpada de medo se ascendeu dentro de Duncan e viu que Ralph sentiu o mesmo. Uma sombra, Duncan não sabia de quê, apareceu na frente deles. O garoto instintivamente pegou o cabo da sua espada de madeira. Aguardou. A sombra parecia ser de algum animal com asas, mas também parecia ser um quadrúpede. Pequenos brilhos verdes ficavam onde provavelmente seriam os olhos. No entanto não era a criatura de olhos amarelos. Os da sombra eram verdes e pequenos e não brilhavam tanto. Duncan, dominado pelo medo, atacou. Porém, antes de se aproximar da criatura, que estava a uns quatro metros de distancia dos dois, o bicho voou, fazendo uma rajada de vento que derrubou Duncan e Ralph. O rapaz se entregou ao medo e desmaiou.
Rato-esquilo
- Duncan? Você está bem? – Perguntou uma voz cansada do lado de fora.
- Acho que sim, e você?
- Aham. – Assentiu Ralph. – Também desmaiei, acordei faz dois minutos. – Sua expressão mudou subitamente. – O que era aquilo?
- Sei lá. Sabe quantas horas são? - Disse Duncan se sentando. Notou que Ralph ascendera a lanterna.
- Dez da noite. Vovô deve estar preocupado.
Outra luz se ascendeu no meio das árvores. Duncan agarrou o cabo de sua espada por instinto. Leon e Fernnon irromperam pelas árvores.
- O que houve?! Vocês estão bem? – Perguntou Fernnon.
- Estamos. – Respondeu Ralph. Os dois garotos dispararam a contar o que aconteceu.
- Deve ter sido ilusão. - Concluiu Leon.
- NÃO FOI!!! – Berraram Duncan e Ralph.
- Vão dormir e clareiem as ideias amanhã.
Os garotos aceitaram relutantes depois de muita insistência dos dois velhos, porém ainda não completamente convencidos de que era ilusão. De manhã, Duncan foi procurar Ralph. Encontrou-o na biblioteca.
- Ralph? Posso falar com você?
- Pode. Deixa-me adivinhar... É sobre a sombra, né?
- Bom, é. Você Teria coragem de ir até o local onde o bicho apareceu? Ver se achamos alguma coisa para convencê-los?
- Claro. – A resposta de Ralph foi inesperada, mas alegrou Duncan.
Os dois pararam na casa da árvore para pegarem a espada e os facões, que dessa vez foram nas mãos. Ao chegarem ao local onde viram a criatura, notaram que no chão tinham duas pegadas enormes capazes de fazer uma pessoa distraída tropeçar. Como eles não viram isso???
- Aqueles velhos cegos!!! Olha só para ISSO!!! – Resmungou Ralph.
- Não sei como não notaram, mas algo me diz que é bom manter isso em segredo. Vamos armar um plano. Um plano para que acreditem em nós.
- Nós vamos terminar a sua cabana? – Perguntou Ralph.
- Bom... Não sei se seria seguro. – Respondeu Duncan um pouco assustado com a pergunta.
- Ah, vamos. Você tem sua espada de madeira e eu tenho os facões. Ou você está com medo de um bichinho?
- Não, mas... Dessa vez voltaremos mais cedo.
Duncan estava carregando os galhos enquanto Ralph dava forma à madeira. Fizeram um grande progresso dessa vez. Fizeram todo o contorno da cabana e uma parte do teto.
- Esquecemos de cordas. Seriam úteis para o teto. – Lembrou Ralph.
- Trazemos na próxima. Enquanto isso, podemos planejar a porta.
E foi o que fizeram. Desenharam, com o lápis, uma portinha de um metro e quarenta, mais ou menos. Teremos que passar agachados, mas isso serve.
Uma coisa em uma árvore próxima. Um bichinho, parecido com um esquilo, o observava de um galho. Mas não era um esquilo. Sua cabeça era mais baixa do que a de um esquilo e suas feições não eram tão parecidas. Seu rabo, embora tivesse pêlos, estes eram mais curtos, fazendo o rabo ficar mais fino. Exceto isso, o bichinho era do tamanho de um esquilo. Também tinha características próprias, como por exemplo, um pêlo extremamente dourado e olhos azuis brilhantes.
- Ralph? Ralph, olhe aquilo! – Sussurrou Duncan. Ralph se virou e arregalou os olhos.
- O que é aquilo?
- Sei lá. É exótico.
- Completamente. – O bichinho pulou para outra árvore e sumiu estranhamente de vista.
- Isso está cada vez mais estranho. Primeiro aquela coisa. Agora, isso. – Comentou Duncan. Ralph assentiu com a cabeça.